“Olá, me chamo Eliederson Santos, marido da Monique Harger, somos brasileiros e atualmente moramos na região de Montreal no Canada, em uma cidade chamada Brossard. Eu sou engenheiro civil e a Monique é contadora, nos conhecemos no início de 2015 e no fim do ano já estávamos casados.
Eu desde adolescente sempre tive uma certa vontade de morar em um outro pais, de conhecer uma nova cultura, falar diariamente uma outra língua conhecer pessoas novas, viajar, etc., porém, os anos acabaram passando, fiz uma carreira razoável no Brasil, trabalhando na mesma área que já trabalhava desde os 17 anos (Projetos de infraestrutura) e esse sonho, de morar em outro país, acabou ficando para trás.

Contudo, logo após ter me formado, em 2016, o Brasil vivia uma grave crise econômica e a área de infraestrutura praticamente parou no país. Então as coisas acabaram ficando difíceis para nós também, teve uma época (final de 2016 e início de 2017) que eu estava desempregado e sem os meus costumeiros projetos « por fora» e para não ficar sem fazer nada, fiz o que muita gente começou a fazer na época, fui dirigir por aplicativo. Foi quando uma passageira comentou comigo em uma corrida, que era a última semana dela no Brasil, pois estava se mudando para o Canada na semana seguinte. Aquilo acabou ficando na minha cabeça por um tempo, mas eu ainda não falava bem nenhuma língua estrangeira, seria tudo mais difícil e resolvi então começar a estudar inglês por conta, mas a evolução era lenta.

Felizmente, algumas semanas depois, um empregador antigo me chamou para trabalhar em um projeto grande por alguns meses o que aliviou bastante a parte financeira. Mas ao mesmo tempo, aquela vontade de ir para o Canada continuou… conversei muito com a Monique, falamos muito sobre a ideia, pesquisamos sobre o país e a nossa vontade só aumentou.
Logo após, em junho de 2017, vimos no Facebook um post sobre uma palestra sobre imigração para o Canada, resolvemos ir e ver como seria. Foi aí que entrou o pessoal da Quebec sem Fronteiras em nossas vidas, principalmente a Karla, o Jeferson e a Nathalia.

No início, a palestrante (uma Quebecoise) falou sobre a província do Québec, falou sobre a cultura, sobre a qualidade de vida e nos mostrou que a província, na época, possuía a maneira mais fácil de imigrar. No início ficamos receosos, pois a língua oficial era o Francês! E, obviamente, o nosso nível era zero. Depois eles nos explicaram que a exigência não era tão alta, era somente o famoso B2 (intermediário/avançado) e que com 18 a 24 meses de curso e muito estudo daria para chegar nesse nível. Então ficamos pensativos e mais ou menos 1 mês após isso, depois de refletirmos, falar com família e amigos, resolvemos investir no curso de francês e iniciar o nosso processo!

Na primeira aula de francês (acabamos entrando em uma segunda aula da turma) foi um pouco assustadora, mas logo que fizemos a reposição e as próximas aulas, fomos vendo que era mais fácil do que imaginávamos, o francês tem muita semelhança com o português, e acabamos rapidamente ultrapassando o nosso inglês e a evolução foi muito rápida. Fizemos muitos amigos na escola, quase todos tinham o mesmo objetivo, era muito fácil de fazer amizades, todos com sonhos parecidos, sobravam assuntos!
Na escola, os professores eram ótimos! Começamos tendo aula com a Paula, toda querida e com um método de ensino sensacional! Depois teve o Alexandre sempre atento aos detalhes, culto e muita bagagem linguística, teve o Helton, que nos forçava cada vez mais e destravar a fala, e por último a Michele, nos ensinou MUITO sobre o Québec, sobre as diferenças de pronúncia entre França e Québec, sobre palavras diferentes e nos deixou preparadíssimos para o exame de proficiência.
Em minha vida profissional, as coisas iam bem, aquele projeto acabou se estendendo… quando acabou eu fui promovido e comecei outros projetos. Se chegou a passar pela cabeça de desistir de mudar e continuar no Brasil? As vezes passava sim… foi então que no meio de 2018 resolvemos vir para o Quebec fazer uma viagem exploratória, conhecer o país, turistar um pouco e visitar as cidades que pretendíamos morar. A viagem foi incrível, acabamos nos apaixonando por tudo, e tendo certeza que era aqui que queríamos morar.
Assim que voltamos para o Brasil, conversamos com a Karla e Jeferson sobre a nossa ansiedade de vir morar, e eles nos recomendaram então de um entre nós fazer um college. Que facilitaria muito nosso processo, já que se um estudasse, o outro poderia trabalhar em qualquer lugar. Isso soou como música nos nossos ouvidos. Logo após isso, começamos a nos planejar, decidimos que a Monique iria estudar para que eu pudesse trabalhar já no início. Com isso decidido, era a hora de decidir datas. E foi aí que a Nathália entrou em cena! Rapidamente ela começou a pesquisar cursos na área de Monique fazer cotações, simulações dar suas preciosas dicas, tudo muito rápido. Após algumas semanas, ficou decidido que a Monique iria estudar Gestion Financière Informatisée, e que o Curso começaria em setembro de 2019.

Nessa época o pessoal da Quebec sem Fronteiras foi ainda mais sensacional, eles agilizaram o processo da Matrícula no college, correram atrás da documentação do Québec (CAQ) já foram agilizando tudo que seria preciso para o pedido do visto, das permissões de trabalho e estudo. Eles nos ajudavam em muitas coisas que nem estavam previstas no contrato lá do início, eles sempre foram extremamente atenciosos.
As coisas, felizmente foram dando certas e com isso nos programamos para chegar no Canada uns dois ou três meses antes do início do Curso para nos estabilizarmos, alugar uma casa e tirar umas férias também.

Chegamos no dia 24/06/2019 em Montréal (exatamente dois anos após conhecer a Quebec sem Fronteiras), ficamos em um Airbnb por um mês e logo em seguida alugamos nosso primeiro AP aqui, em um lugar lindo, a 15 minutos de ônibus do centro de Montréal.
Não estando tão certo que conseguiria trabalhar em minha área de domínio (projetos de infraestrutura) rapidamente, acabei começando a trabalhar em outra área já em agosto de 2019, para desta forma pagar as contas com o dinheiro ganho aqui, e não precisar trazer nosso dinheirinho do Brasil.
Em setembro/2019 a Monique começou a estudar e a ir muito melhor do que ela imaginava. Antes ela tinha um pouco de medo de não acompanhar as aulas devido ao nosso francês ainda não ser fluente, mas ela sempre foi muito bem e só tira altas notas.

Enquanto eu estava trabalhando fora da minha área de domínio, eu continuei buscando empregos em engenharia e em novembro/2019 eu recebi uma oferta de emprego e comecei a trabalhar em uma empresa gigante de engenharia, na área que eu queria e com salário acima do que esperávamos para o início de nossas vidas aqui.
Logo em seguida compramos nosso primeiro carro aqui, conhecemos neve (muita neve) fizemos amigos, viajamos, acampamos e melhoramos ainda mais nosso nível de francês.
Agora recentemente (junho de 2020) a empresa que trabalho solicitou que eu fizesse a validação do meu diploma e registro na Ordem dos Engenheiros do Quebec (OIQ) para que pudesse receber uma futura promoção. Iniciei o processo de validação e tudo ia bem, até que precisei de um documento do Brasil, pego em mãos na universidade que me formei. Entrei em contato com a QSF e eles prontamente me ajudaram e 4 dias depois o documento estava aqui (já havia mais de 1 ano que não tínhamos nenhum contrato e nem relação profissional) e agora a primeira etapa da minha validação do curso de engenharia já está pronto.

Eles, todos na QSF, nos tratam como parte da família e a gente também acaba os tratando da mesma maneira.

Tanto que na nossa despedida da família e amigos do Brasil, olha quem estava lá! A nossa querida Nathália.

Infelizmente a Karla e o Jeferson estavam viajando no dia.”

Eliederson e Monique

Cliente da Québec Sem Fronteiras

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